Unisol Brasil: Ações conjuntas para fortalecer metalúrgicas
O encontro das cooperativas do setor de metalurgia filiadas à Unisol Brasil terminou ontem, em São Bernardo, reafirmando a necessidade de todos continuarem a somar esforços para competir no mercado e manter a geração de mais postos de trabalho e renda com dignidade.
Representantes dos empreendimentos participando do encontro. |
“Nossos principais desafios para o próximo ano são o desenvolvimento de novas tecnologias, obtenção de financiamentos e aumento das parcerias comerciais e tecnológicas”, disse João Trofino, trabalhador na Uniforja e coordenador do setor de metalurgia da Unisol Brasil, entidade que reúne cooperativas de produção apoiadas pelo Sindicato.
O setor reúne 19 empreendimentos com 2.850 trabalhadores e no ano passado teve faturamento de R$ 650 milhões.
“Nosso setor de metalurgia é de bom porte. Os principais ramos são o automotivo e de energia e temos boas perspectivas para os próximos anos”, afirmou João.
João Luiz, Coordenador do setorial da Metalurgia. |
Neste ano, ele participou de feiras de negócios no exterior levando os serviços de todas as cooperativas, já que apresentar um pacote de empresas aos clientes mostra força e sai mais barato.
Desde o primeiro encontro, as empresas do setor desenvolvem várias ações conjuntas como comercialização, aquisição de novos equipamentos, busca de oportunidades de compra de bens e materiais e perspectivas de novos negócios.
Dificuldades para obter financiamentos
João disse que um dos problemas enfrentados pelas cooperativas é a obtenção de financiamento, já que elas não são empresas tradicionais.
Palestra do Sr. Ibrahim, representante da MCC-Mondragon. |
“Todas precisam desses recursos, pois são empresas recuperadas pelos trabalhadores através da economia solidária”, comentou.
O presidente da Unisol Brasil, Arildo Lopes, apontou que outro empecilho em conseguir recursos é a falta de modernização da lei geral do cooperativismo.
“A falta da regulamentação dos atos cooperativos dificulta a obtenção de financiamentos adequados às necessidades dos empreendimentos solidários”, afirmou.
Mesmo com todas as dificuldades, Arildo traça grandes desafios para a Unisol Brasil, que hoje tem 230 empreendimentos filiados com cerca de 11 mil trabalhadores.
“Até 2009 vamos alcançar 500 empreendimentos solidários, com faturamento conjunto de R$ 2 bilhões”, avisou ele.
Publicada na Tribuna Metalúrgica nº 2390