Os mais de 50 integrantes presentes, reunidos a partir da articulação e mobilização da Fundação Banco do Brasil, se manifestaram a partir da plataforma aqui sintetizada em 10 pontos fundamentais. Tais enunciados buscam fortalecer o conceito de Tecnologia Social na política e gestão de países nas Américas, África e Oceania que – como o Brasil – detém rica sociodiversidade e pluralidade de conhecimentos, técnicas e formas de apropriação da natureza e meio ambiente sustentáveis. Estes conhecimentos e técnicas se expressam como tecnologias implícitas ou tácitas que se irradiam de localidades e territórios. São importantes meios e processos de construção de uma nova ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável.
Começa a se expressar em governos e nas universidades um tratamento mais integrado para as relações entre Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS). Esta integração, contudo, ainda não tem como principal foco a superação da pobreza em nossos países. Entidades civis e movimentos sociais entendem que é uma tarefa
primordial dar consistência e direcionamento às políticas públicas em torno de uma abordagem CTS voltada para a superação da pobreza.
As entidades civis e movimentos sociais brasileiros têm manifestado sua compreensão em diversas ocasiões, a exemplo deste Seminário de Integração organizado pela Fundação Banco do Brasil, de que:
i. Na pós-revolução digital o conhecimento está continuamente em mudança; já não podemos aceitar que haja uma verdade ou autoridade (ou tecnologia) única para a resolução de determinados problemas, independentes do local e da história das comunidades locais;
ii. As formas padronizadas e de grande escala das tecnologias industriais não serão capazes – por si próprias – de respeitar e fazer florescer uma nova geração de tecnologias sociais para a superação da pobreza e promoção do desenvolvimento sustentável em nossos países;
iii. As tecnologias convencionais operam com base na ampliação de grandes mercados de consumo de matérias primas e insumos de produção industrial (mineração, monocultura e agricultura de exportação, agrotóxicos, exploração predatória das florestas) com destruição expressa no cálculo do PIB – Produto Interno Bruto em nossos países (destruição, esta, que depende de tecnologias de exploração produtoras de grandes desperdícios e distribuição desequilibrada de recursos hídricos, florestais e da terra em geral).
iv. Esta economia provoca comportamentos individuais de milhões de pessoas no ato do descarte e desperdício de embalagens artificiais. Grandes volumes de resíduos assim gerados não tem um horizonte concreto de regulação político-econômico para a minimização e redução no dia-a-dia. Por estas razões acreditamos que é fundamental a defesa de uma plataforma de tecnologia social capaz de dar visibilidade a iniciativa de pequenos e microempreendimentos de todos os tipos, para incorporar as soluções do pluralismo sociotécnico (desde a energia solar com soluções populares, e promoção de ações que associem a TS à economia de baixo carbono);
v. Trata-se assim, de abrir os horizontes até 2014 de todas as demais pautas e agendas, a fim de fazer deste tema transversal presença obrigatória na Conferência Rio+20 em junho de 2012.
Fonte: Fundação Banco do Brasil.

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