UNISOL Brasil – Gostaria que você falasse brevemente, qual é […]
Nacional
agosto 29, 2010
UNISOL Brasil – Gostaria que você falasse brevemente, qual é o papel da Nexus mundialmente? Sabina – A Nexus é uma ONG promovida pela Central Sindical – CGIL, que é a maior central sindical italiano. A Nexus trabalha na América-Latina, África e Palestina. Nossa prioridade é sempre estar apoiando os movimentos dos trabalhadores, os movimentos associativos, seja no âmbito rural ou urbano. Temos uma linha de apoio a educação e também uma linha de trabalho com as mulheres. UNISOL Brasil – Como você descreveria a sua visita ao Brasil? Sabina – Minha visita ao Brasil foi muito interessante. Eu participei do setorial de confecção e têxtil e visitei o Piauí. Eu acho que os empreendimentos que encontrei são todos feitos de pessoas muito motivadas e que tem bem claro qual é o seu papel na sociedade, para gerar renda, apoiar a economia, mas com um recorte solidário que é o que nós apoiamos a UNISOL. Que ela seja um projeto alternativo de economia, que apóie o ser humano, não só as suas necessidades economicas, mas o seu desenvolvimento como pessoa. Em todos os emprendimentos que eu viistei eu encontrei pessoas que tinham visão disto, eu gostei muito. É isso que eu acho que o Brasil está exportando para os outros movimentos associativos da América-Latina UNISOL Brasil – Qual é a expectativa de trabalho que a Nexus tem com o Basil? Sabina – Pretendemos apoiar e melhor os resultados das cooperativas, dos empreendimentos solidários, para que haja uma melhora na produção e na qualidade, para que tenham maior oportunidades de comercialização e uma melhor distribuição de renda entre um número maior de pessoas. UNISOL Brasil – Existe uma relação histórica entre a Nexus e UNISOL Brasil, já que vocês foram um dos apoiadores na criação da instituição. Qual a expectativa da Nexus hoje, para o futuro da UNISOL Brasil? Sabina – O papel da UNISOL Brasil é estratégico para nós. Seja no Brasil ou na área do Mercosul. Nós também estamos apoiando distintas linhas, sejam as cooperativas que tem um melhor grau de desenvolvimento ou para aquela cooperativa que agente espera fazer um trabalho de ampliamento dos mercados ou de melhorar a legalização. Para que os empreendimentos que tem mais dificuldades, possam ir encontrando novas formas de trabalho, por exemplo, com o crédito. Ter um crédito que possa chegar a todos os empreendimentos que precisem dele e apoiar o tema dos setoriais que pra nós é um tema estratégico bem importante, porque construir redes entre empreendimentos é um ponto de força muito importante. UNISOL Brasil – Além da Nexus apoiar a UNISOL Brasil vocês também apóiam a cadeia Justa Trama. Você poderia falar um pouco sobre esta parceria? Sabina – A Justra Trama é uma cadeia agroecologica. Agente apóia esta cadeia por terem um projeto global desde a produção até a comercialização com o comércio justo. UNISOL Brasil – Como você vê a parceria UNISOL Brasil e Nexus? Sabina – É uma das parcerias mais fortes e estratégicas que a Nexus tem. Isso porque pode ser um exemplo pra outros países, nós estamos pensando em trabalhar com a UNISOL na Argentina, mas também na África, em Moçambique, com países que falem a língua portuguesa. Então é uma parceria estratégica, e é uma parceria estratégica para a Itália também, porque a experiência das empresas recuperadas é, para Itália de hoje que tem problemas de crise, de desemprego crescente, uma experiência que agente quer promover, mas levando a experiência da UNISOL. Então a UNISOL é um parceiro político mas também é um parceiro que tem uma experiência muito importante pra Itália, pra fazer um intercâmbio e também pra melhorar as condições de vida da nossa população. UNISOL Brasil – Pra finalizar, eu gostaria de saber qual a sua perspectiva para a Economia Solidária mundialmente? Sabina – A Economia Solidária é uma aposta, é uma oportunidade. Mas eu acho que a economia mundial não está aproveitando desta oportunidade. Mas é uma escolha obrigatória, eu acho que as pessoas comprometidas com movimentos sociais tem que visar a Economia Solidária como um mecanismo para melhorar as condições de vida. Isso significa que todas as organizações sociais, como sindicatos, ações comunitárias, e outras oganizações tem que pensar na Economia Solidária como uma forma para gerar renda de forma equitativa. Não é suficiente ter bons serviços sociais se nós temos muita disparidade, desigualdade na distribuição da riquesa. Porque a Economia Solidária visa um desenvolvimento global, é uma realização da pessoa através do seu trabalho.
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